terça-feira, 1 de setembro de 2015

PORQUE DEVEMOS CORTAR COM A PROGRAMAÇÃO DO NOME

Interessante artigo de Alejandro Jodorowsky, escritor e psicoterapeuta, sobre as cargas com os nomes que levamos. Tema interessante que abarca as Constelações Familiares. Segundo nos conta Jodorowsky, tanto o nome como os apelidos encerram programas mentais que são como sementes, e, deles podem surgir árvores frutíferas ou plantas venenosas.
Na árvore genealógica os nomes repetidos são veículos de dramas. Quando batizamos ou registramos a um filho devemos saber que junto com o nome lhe passamos uma identidade. Evitemos, por tanto, os nomes dos antepassados, de antigos noivos ou noivas, de personagens históricos ou novelescos. Os nomes que recebemos são como contratos inconscientes que limitam nossa liberdade e que condicionam nossas vidas.
Um nome repetido é como uma cópia de um contrato. Quando numa árvore genealógica há muitas fotocópias o nome perde força e fica desvalorizado. Segundo Alejandro Jodorowsky, o nome tem um impacto muito potente sobre a mente. Pode ser um forte identificador simbólico da personalidade, um talismã ou uma prisão que nos impede ser e crescer. As árvores narcisistas de cada geração repetem os mesmos nomes de seus ancestrais e, com ele, se repetem os destinos.
É perigoso nascer depois de um irmão morto e receber o nome do desaparecido. Isso nos condena a ser o outro e nunca nós mesmos. Quando uma filha leva o nome de uma antiga noiva de seu pai, se vê condenada a ser “a noiva do papai” durante toda sua vida. Um tio ou uma tia que se suicidaram convertem seu nome, durante várias gerações, em veículo de depressões. Às vezes é necessário, para deter essas repetições que cream destinos adversos, mudar o nome.
Pode-se dizer que os nomes têm uma espécie de frequência que sintoniza com certos receptores. Inconscientemente nos sentimos atraídos por certos nomes que refletem o que somos - as vezes são exatas e outras vezes estão ocultos detrás de máscaras, só existem semelhanças léxicas ou fonéticas.

Nossa parte enferma e negativa é outro receptor que sintoniza nomes determinados, porque há uma intenção supra-consciente de resolver o conflito. Reflexionemos de novo sobre os nomes que temos atraído a nosso mundo: o nome de nossa empresa, centro de trabalho, escola, o nome de nosso companheiro, amigos, chefes, professores, pessoas que se cruzam em nosso caminho por “acidente” e se chamam exatamente igual que nosso pai ou mãe, irmão.

*Se é de algum personagem histórico, novelesco, jogador de futebol ou princesa de Mónaco, viveremos frustrados e fracassados se no seguimos o mesmo caminho.

* Se é por algo material, adquirimos as propriedades desse elemento. Por exemplo, “se me chamo pela boneca de minha irmã, me converterei em sua boneca e ela brincará comigo e me dominará”.

*Se me chamo por algo imaterial, tenderei a fins abstratos idealizados por nossos pais, desatendendo o real e inclusive, por oposição a eles, chegarei a materializar o contrário do que levo escrito em meu nome. Ex. chamar-se Liberdade, Paz, Luz, não sempre é sinônimo de ser livre, viver em paz e ter as coisas claras.

*Os nomes diminutivos: “Meu nome é Manuel como meu avô, mas, me chamam Manoelzinho”, projetam em ti a figura de teu avô, mas estás proibido crescer e supera-lo.

* Os nomes compostos: “Me chamo José Luís, por meu pai e meu avô”. Pobre de ti se a relação entre eles era conflituosa.
“Me chamo “María José”, como diz Jodorowsky, “¡Catástrofe sexual!”.

* Os nomes feminilizados ou masculinizados: Mario, Josefa, Carmelo, Paula, correspondem a desejos frustrados de que tivéssemos nascidos de sexo contrario.

O receio que temos em trocar de nome está ligado ao medo de deixarmos de ser reconhecidos pelo nosso clã. Tememos não ser reconhecidos, nem identificados, nem amados. Somos seres gregários e pensamos que podemos morrer se nosso “clã” nos abandona. Um medo que é uma herança de nosso cérebro arcaico.

Alejandro Jodorowsky


Mas, além dessas razões que Jodorowski  nos fornece para que prestemos atenção em nosso nome e na história que o envolve, há também razões identificadas por Sergio Monor ligadas a nossa programação neuro linguística. 
Tomemos como exemplo as palavras 'paz' que, na linguagem primitiva significa 'guerra'; 'Luz' significa 'sofrimento' e mesmo para pessoas que levam nomes ou sobrenome de algum santo saiba que essa palavra significa morte por isso, carregam uma carga histórica de sofrimento, sacrifício e auto anulação. 
Também o modo como nos ligamos ao sistema. Devemos observar que é através do nosso nome que nos ligamos a ele e, lhe 'damos' (sem saber) o poder de nos controlar e monitorar em todas as nossas atividades. Assinamos contratos dando-lhe o direito de nos explorar.
Mas, não é necessário mudar de nome para liberar-se da carga que carrega. Basta usar a "Ferramenta de corte Monor" para resolver a questão.   

Para complementar o assunto, deixo como sugestão o vídeo do Gabriel Velde.



Combraços a todos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário